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Interferir no livre-arbítrio de alguém é mexer num universo intimo que não nos pertence.

  • Foto do escritor: Mãe Monique
    Mãe Monique
  • 30 de mai.
  • 2 min de leitura

Aqui vão 4 níveis pra refletir antes de “ajudar” quem não pediu:


1. Espiritual:

Deus não força. Nem Orixá exige. Nem Guias atravessa sem abertura.

Cada alma tem seu tempo e seu axé.


Interferir é quebrar uma lei sagrada: o poder de escolha da caminhada alheia.

“Assim como você é templo sagrado de Deus, o outro também é.”

Tentar mudar, manipular ou salvar alguém sem seu consentimento é um tipo de invasão espiritual. É como entrar num templo alheio e rearrumar o altar porque você acha que está bagunçado.


O problema:

Você pode até ter razão que o altar pode mesmo estar bagunçado.

Mas o ato de invadir e interferir, mesmo por amor, quebra uma lei sagrada: o livre arbítrio.


Por isso os guias, mentores e seres de luz só ajudam quando são invocados ou quando há determinação divina para intervir (como em resgates espirituais extremos que é algo muito além da alçada dos encarnados).


2. Energético:

Ao tentar induzir o outro, você se enlaça karmicamente com o destino dele. Cria dependência. Troca de fardo.

E ainda pode se afastar do seu próprio caminho por carregar o peso que não é seu.

Um exemplo, fazer orações pedindo que alguém mude, sem perguntar se a alma dessa pessoa quer mudar. Isso pode se tornar interferência disfarçada de amor.

Pode caracterizar intolerância, preconceito, a não aceitação das escolhas do outro dentre outras coisas.

Respeite as escolhas alheias para respeitarem as suas.


3. Psicológico:

“Eu só quero ajudar” pode esconder um:

-Eu não confio que você seja capaz de lidar com a sua vida.

Medo de ver o outro sofrer,

necessidade de controlar,

ou dor de não ser ouvida por si mesma.

Ajudar sem convite pode ser projeção, não empatia pelo caminho do outro.

Muitas outras possibilidades, faça sempre autoanálise para entender o porque de querer ajudar mesmo sem ter sido solicitado, ou ainda, o porque de querer incutir no outro o que você acha que deve ser feito.


4. Prático:

Mesmo que você use as melhores palavras, energia ou intenções, se estiver interferindo:

A pessoa pode reagir com raiva, fuga ou resistência.

Pode seguir seu conselho, mas de forma mecânica, e depois se perder.

Pode depender de você para sempre, sem desenvolver força própria.

Lembrem, até Jesus perguntava, queres ser curado? antes de agir.


Quer mesmo ajudar?

Seja firme na sua luz. Seja exemplo de amor. De espaço com fé de que o outro tomará as decisões que cabem a ele. Esjeta a disposição sem pré julgamentos.

Assim como um jardineiro que confia no trabalho da mãe terra, mas rega e confia no tempo da vida.

Confie no tempo do outro, como os guias confiam no seu.


🧑🏼‍🌾O jardineiro não cava para facilitar a saída do broto que germinou na semente, ele rega e confia na força daquele pequeno galhinho.

Porque flor que nasce antes da hora, não vinga.

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